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E se todas as Pessoas na Terra saltassem ao mesmo tempo?
Há cerca de 7 mil milhões de pessoas na Terra com um peso aproximado de 363 mil milhões de quilos. Dados estes factos já certamente pensou se todas as pessoas do Mundo saltassem ao mesmo tempo, o que aconteceria?
Por que não nos lembramos de quando éramos bebês?
É consenso entre os especialistas que os primeiros anos de vida são fundamentais na formação de cada indivíduo, mas apesar da importância que eles têm, não é possível lembrar do que vivemos antes de completar 30 meses, ou dois anos e meio de idade. Então porque é que isto acontece?
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Pode parecer que tudo começa no estômago, mas o medo na verdade é desencadeado por uma estrutura em forma de amêndoa no cérebro chamada amígdala. Lá, o que vemos é controlado, processado e respondido como um frio na espinha. Agora, uma equipa do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), nos EUA, deu um passo além na compreensão deste processo: os pesquisadores descreveram um micro circuito que controla a “saída” do medo a partir da amígdala.
O micro circuito contém dois subtipos de neurónios com funções opostas, e que controlam o nível de produção de medo na amígdala ao agir como um balancé. “Imagine que uma extremidade está abaixada sobre uma mangueira de jardim, controlando a água – nesta analogia, o impulso do medo – de fluir”, diz David J. Anderson, um dos autores do artigo publicado na Nature.
Uma vez que o fluxo do medo começa, o impulso pode ser transmitido para outras regiões do cérebro que controlam o comportamento temeroso, como o calafrio. “Agora que nós entendemos sobre este mecanismo do tipo balancé, isso poderá algum dia fornecer novos alvos para o desenvolvimento de drogas mais específicas para tratar transtornos psiquiátricos relacionados ao medo, como stress pós-traumático, fobias ou transtornos de ansiedade”, ressalta Anderson.
A chave para compreender este delicado mecanismo foi a descoberta de marcadores, genes que poderiam dar aos cientistas uma forma de discriminar entre os diferentes tipos de células neuronais da amígdala. A equipa encontrou um marcador em um gene que codifica uma enzima conhecida como proteína quinase C delta, expressa em cerca de metade dos neurónios dentro de uma subdivisão do núcleo central da amígdala – a parte que controla a saída do medo.
Os pesquisadores conseguiram marcar neurónios em que a proteína quinase C delta é expressa, o que permitiu também mapear as conexões dos nervos, bem como controlar e manipular sua actividade eléctrica. Isso revelou que a quinase C delta formam extremidades, como balancé, fazendo conexões com outra população de neurónios do núcleo central, que não expressam a enzima. Estes inibem a quinase na saída da amígdala.
Adeus, stress: Yoga induz libertação de substância química que regula actividade dos nervos
O Yoga tem um efeito positivo sobre o humor de uma pessoa, diminuindo os níveis de ansiedade mais do que caminhar ou outras formas de exercício. De acordo com pesquisadores da Universidade de Boston, nos EUA, isso pode ocorrer em função dos altos níveis de processos químicos no cérebro.
A prática tem sido associada ao aumento dos níveis do ácido gama-aminobutírico, ou GABA, uma substância química no cérebro que ajuda a regular a actividade dos nervos. A actividade de GABA é reduzida em pessoas com transtornos de humor e ansiedade, e medicamentos que aumentam sua actividade são normalmente prescritos para controlar isso.
Levando estes dados em consideração, a equipe demonstrou que níveis mais altos de GABA, medidos após aulas de Yoga, estão associados à melhora do humor e diminuição da ansiedade. Os autores do artigo publicado no “The Journal of Alternative and Complementary Medicine”, sugerem que a prática estimula regiões específicas do cérebro, conduzindo desta forma alterações nos neurotransmissores endógenos, como antidepressivos naturais.
Artigo Original em Inglês - Libert Online