Uma equipe internacional de cientistas está alertando sobre os perigos da toxina produzida por fungos, a fumonisina, encontrada em alimentos infantis à base de milho. Sabe-se que estes alimentos são muito consumidos na dieta complementar de bebês e crianças pequenas em países em desenvolvimento. Até agora, os médicos acreditavam que o crescimento retardado em crianças destas regiões era devido ao baixo valor nutricional do mingau de maisena, utilizado para complementar o leite materno. No entanto, a toxina está envolvida com os baixos índices, relatam os cientistas na revista Molecular Nutrition and Food Research.
O alerta foi feito por cientistas do Instituto de Medicina Tropical da Antuérpia e por seus colegas da Food and Drugs Authority da Tanzânia e Universidade de Gent. Até então, não se dava muita atenção às micotoxinas em alimentos (micotoxinas são toxinas produzidas por fungos) – com exceção da aflatoxina, famosa por doença causada pelo bolor de nozes. Mas as pesquisas realizadas na Tanzânia rural por estes cientistas ligaram a fumonisina com os baixos índices de estatura e peso. É a primeira vez que alguém estabelece esta associação.
Em todo o mundo, uma entre três crianças sofrem de retardo no crescimento e uma entre quatro de subpeso. O problema da baixa estatura e do baixo peso está associado com cinco milhões de mortes de crianças com menos de cinco anos de idade anualmente. A África Subsaariana e o Sul da Ásia concentram 70% destas mortes, as quais foram relacionadas, em sua maioria, com a má nutrição.
A fumonisina entra na cadeia alimentar através de fungos que crescem no milho, o alimento básico na Tanzânia – e em muitas outras partes do mundo. O fungo pode estar presente sem ser visível ao olho destreinado. Mas, pode ser impedido de aparecer com o armazenamento correto do milho.
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