Super Mario: qual o segredo da longevidade?
A personagem, Super Mário, já comemora os seus 25 anos! |
A aposta na marca de uma forma consistente é a principal explicação para a longevidade do Super Mario, o boneco de videojogos que está a comemorar 25 anos, disse à agência Lusa António Gonçalves, da Seed Studios, uma das poucas empresas portuguesas especializadas na criação de jogos para consolas.“Continua a ser ainda hoje a marca de jogos mais vendida de sempre”, salientou.
António Gonçalves realçou que o boneco de bigode da Nintendo “foi um dos primeiros a entrar no mercado de videojogos e conseguiu ser consistente”, acompanhando a evolução tecnológica, das antigas consolas Arcade até às actuais portáteis.
No jogo seguinte, “Donkey Kong Jr.”, o nome foi de novo alterado, agora para Mario, por sugestão de um responsável da Nintendo, que reparou nas parecenças de Jumpman com Mario Segale, o senhorio do escritório da empresa nos Estados Unidos.
Devido a limitações gráficas das consolas Arcade de então, Miyamoto escolheu cores muitos vivas e contrastantes, o vermelho e o azul, para as roupas de Mario, colocou um boné para não ter de desenhar o cabelo e tapou a boca do boneco com um grande nariz e um bigode farfalhudo, para não se ver que os lábios não se moviam. O boneco sofreu ligeiras alterações nas versões seguintes, mas manteve os traços principais e é utilizado pela Nintendo como ícone e imagem de marca da empresa.
“A Nintendo aposta em jogos intuitivos, mais familiares. E também nunca foi muito arrojada no desenvolvimento de hardware. É muito inteligente a forma como remodela o hardware, fazendo ‘restyling’”, realçou.
“É possível criar uma indústria de videojogos em Portugal”
De acordo com António Gonçalves, a Seed Studios já criou jogos para consolas da Nintendo, mas “a Xbox[da Microsoft] e a PlayStation3 [da Sony] têm uma capacidade gráfica muito maior”. Para este administrador, em Portugal “há algumas empresas que estão a dar os primeiros passos”, mas não se pode falar ainda numa verdadeira indústria nacional. “Não podemos dizer que já existe uma indústria de videojogos em Portugal, mas já conseguimos provar que é possível”, afirmou.
António Gonçalves realçou que em Portugal é possível fazer videojogos “seis a sete vezes mais baratos”, porque “os salários são mais baixos e os custos de manutenção de uma empresa também”.