Quase 40 por cento da população mundial sofre em algum momento da sua vida episódios graves de insónia, segundo a Organização Mundial de Saúde. Esta perturbação, que impede de conciliar ou manter o sono, não se limita a produzir fadiga, mal-estar e alterações de humor. Investigadores do Instituto de Neurociência dos Países Baixos descobriram que o cérebro das pessoas vítimas de insónia crónica funciona de forma diferente, e chega a apresentar um aspecto diferente do de quem dorme bem. Além disso, quanto pior for o caso menos densa é a matéria cinzenta em algumas zonas do cérebro, um fenómeno que, no entanto, não significa que ele funcione pior.
Sonambulismo. Não se sabe exactamente o que provoca este fenómeno, embora ele tenha sido relacionado com a fadiga e o stress. O sonâmbulo realiza movimentos complexos (pode andar e mover objectos), apesar de estar profundamente adormecido, quase sempre no primeiro terço da noite. É mais comum na idade infantil: quase uma em cada seis crianças têm episódios.
Paralisia do sono. As vítimas são incapazes de falar ou realizar movimentos voluntários, o que pode causar-lhes grande ansiedade e, por vezes, alucinações. Costuma surgir na transição entre o sono e a vigília, ou no início da fase REM, na qual se produzem os sonhos mais elaborados. Quase metade da população experimenta-a pelo menos uma vez na vida.
Bruxismo. Enquando dormimos, costumamos contrair os maxilares. Se este movimento for feito de forma intensa e repetitiva, os dentes acabam por entrar em contacto (é o que se chama "ranger os dentes"). Isto pode desgastar o esmalte, provocar dor na zona e interromper o sono. Afecta 10 a 20% da população.
Terrores nocturnos. Estes episódios ocorrem sobretudo em crianças de três a sete anos, que acordam subitamente com um grito de pânico e expressão de terror. Surgem durante as fases de sono profundo e vêm acompanhados de taquicardia, medo e desorientação.
Apneia obstrutiva do sono. Os afectados deixam de respirar durante uns segundos enquanto dormem. O fenómeno, que se deve a um estreitamento das vias respiratórias, pode repetir-se dezenas de vezes por hora. Frequentemente, origina roncos intensos. Cerca de 4% dos homens e 2% das mulheres sofrem desta síndrome, que afecta 40% das pessoas que ressonam.
Síndrome das pernas irrequietas. Esta perturbação caracteriza-se por uma necessidade irresistível de mover os membros, o que impede de adormecer. A sua origem poderá estar num défice de ferro no cérebro ou numa produção anormal do neurotransmissor dopamina. É mais frequente nas mulheres, sobretudo as que sofrem de anemia ou artrite. A sua prevalência na população adulta oscila entre 2 e 4%, mas alcança os 31% em vítimas de fibromialgia.
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