Há tempos se sabe que o voluntariado oferece benefícios na saúde das pessoas que estão ajudando alguém. Agora, um novo estudo realizado pela Universidade Estadual do Arizona, nos EUA, mostra que indivíduos mais velhos com limitações em atividades rotineiras, como preparar a própria comida, por exemplo, são particularmente beneficiados quando realizam boas ações.
“Com o aumento das limitações funcionais, o risco de morte aumenta, mas não entre os que praticam o voluntariado”, diz Morris Okun, professor de psicologia da universidade. “Ao ajudar outras pessoas, você está, na verdade, ajudando a si próprio”.
O estudo usou dados de uma amostra de 916 adultos com 65 anos ou mais que viveram nos Estados Unidos. A equipe focou na relação entre limitações funcionais, voluntariado e mortalidade. Okun, responsável pelo trabalho, afirma que neste caso os pesquisadores envolveram pessoas com limitações físicas – mas não cognitivas -, incapacitadas de carregar uma mala ou dirigir um carro.
“Descobrimos que pessoas com limitações funcionais são beneficiadas mais com o voluntariado em termos de longevidade do que aqueles que não têm limitações funcionais”, explica o pesquisador. “É também verdade que pessoas com limitações funcionais são menos propensas ao voluntariado, então é paradoxal que aqueles que são mais beneficiados pelo trabalho voluntário sejam menos prováveis de praticar o trabalho voluntário”.
Embora a pesquisa não tenha explicado por que, a equipe acredita que o trabalho voluntário seja capaz de beneficiar a saúde já que as pessoas idosas se sentem mais úteis. Indivíduos que estão perdendo capacidades em geral se sentem menos úteis, o que seria um preditor da mortalidade.
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